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Votem Conciênte!


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Sinceramente não acompanho a campanha/projetos/planos de nenhum candidato, mais pela reunião de debate na Record com os candidatos, eu virei fã do Plínio. ;D

Plinio Arruda é um bom candidato. Pena que a idade já está atrapalhando na comunicação...

Como diz o meu candidato - Política é coisa séria...

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Pois é,

Plínio seria um bom candidato à uns 20 anos atrás, e se não inventasse esse negocio de desapropiação de terras, que é uma bobeira da parte dele.

No Brasil hoje o que vejo, são poucas opções para votar,

Dilma: Candidata prepotente, com uma ficha nada reconhecível, com um vice satanista e alvo de holofotes para grandes escândalos. (Fora que ela quer liberar casamento gay, aborto e etc..)

Marina: A candidata meia aérea, a mulher só pensa em meio ambiente.. Tudo bem, nós precisamos disso, mas o Brasil não vive só de meio ambiente, precisamos pensar também no desenvolvimento do país.

Serra: Realmente tem uma boa atuação em São Paulo, porém, não tem uma ficha limpa e uma voz ativa.. Mas é o candidato que mais passa confiança dentre os 4

Plínio: É o descrito acima, se ele fosse 20 anos mais novo, seria com certeza a minha escolha de voto.

Vote consciente, e pense, antes que o Brasil acabe se tornando mais um país a mercê de guerras, e desconcertos sociais. Precisamos pensar antes de chegar as urnas.

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Tudo bem que opnião é opnião.. mas aquele homem(plinio) é maluco.

--> Tomar fazenda produtivas e dar aos sem terra.

Gente, poucos sabem mas sou eng. cartógrafo (1a faculdade). Trabalhei uma época numa empresa e fui nomeado pela justiça para ser um dos peritos na divisão das terras do Pontal do Paranapanema. Dividimos uma fazenda altamente produtiva(tinha trigo na época, 692 alqueires) em 400 sitios para o assentamento.

Com o tempo, comecei a interagir com as pessoas assentadas.. sabe o que aconteceu no local? Abandono... Nada foi plantado e todo mundo foi para a cidade e usa o sitio no final de semana para brincar e fazer churrasco. Lá é um abandono total hoje. Esse negócio de dar terras para mim é furada total.

--> Tornar Público o sistema de Saúde Privado

Outra idéia maluca. Ele diz que no reino unido onde tudo é publico a coisa funciona bem, e nos eua onde é tudo particular é um lixo. Porém na frança, alemanha e itália que é mais ou menos parecido com o sistema aqui, o atendimento é ótimo na rede pública...

--> Acabar com o Prouni?

Também acho o correto pois há universidade aí aprovando "super intelectuais" de 8 anos de idade, porém aprovo mas só após o governo ter construído faculdades publicas que sejam o suficientemente para captar todas as vagas que usamos no prouni. O prouni sendo bom ou não, fez milagre aí para milhares de pessoas que não teriam condições de estar na faculdade. Aliás, basta ver ao redor de voces quantas pessoas estao na faculdade devido ao prouni. Eu ainda tive sorte de desde o ensino médio estudar somente em universidades públicas: Unicamp/Unesp e Ufscar. A questão é que mesmo talvez sendo um profissional meia boca, o mercado tem vaga para todos, tudo vai depender do quão especialista uma empresa precisa. Talvez o sistema portugues universitário seja mais interessante, lá você pode escolher ser um bacharel ou licenciado. O licenciado seria uma versão de profissional menos enfático na parte cientifica da coisa, enquanto o bacharel seria quem quer continuar no meio cientifico da área... seria um profissional com enfase na ciencia, enquanto o licenciado com enfase na técnica e prática. Ambos bons, porém, com tempos diferentes de estudos... e focos diferentes do mercado de trabalho.

--> Socialismo?

Nunca o socialismo deu certo no mundo, não temos exemplos reais de nada.. e eu queria ver a resposta dele, se ele estaria disponivel a dar toda a fortuna dele para o estado: http://divulgacand2010.tse.jus.br/divulgacand2010/jsp/abrirTelaDetalheCandidato.action?sqCand=280000000019&sgUe=BR e ficar ganhando 2500/mes. Nao daria para manter o combustível do civic dele...

Isso sem falar que ele é um dos maiores investidores entre os 4 candidatos.... imagine se ele fosse capitalista.... kkkk

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Pra refletir:

A FOME DE MARINA

José Ribamar Bessa Freire*

Há pouco, Caetano Veloso descartou do seu horizonte eleitoral o presidente Lula da Silva, justificando: “Lula é analfabeto”. Por isso, o cantor baiano aderiu à candidatura da senadora Marina da Silva, que tem diploma universitário. Agora, vem a roqueira Rita Lee dizendo que nem assim vota em Marina para presidente, “porque ela tem cara de quem está com fome”.

Os Silva não têm saída: se correr o Caetano pega, se ficar a Rita come.

Tais declarações são espantosas, porque foram feitas não por pistoleiros truculentos, mas por dois artistas refinados, sensíveis e contestadores, cujas músicas nos embalam e nos ajudam a compreender a aventura da existência humana.

Num país dominado durante cinco séculos por bacharéis cevados, roliços e enxudiosos, eles naturalizaram o canudo de papel e a banha como requisitos indispensáveis ao exercício de governar, para o qual os Silva, por serem iletrados e subnutridos, estariam despreparados.

Caetano Veloso e Rita Lee foram levianos, deselegantes e preconceituosos. Ofenderam o povo brasileiro, que abriga, afinal, uma multidão de silvas famélicos e desescolarizados.

De um lado, reforçam a ideia burra e cartorial de que o saber só existe se for sacramentado pela escola e que tal saber é condição sine qua non para o exercício do poder. De outro, pecam querendo nos fazer acreditar que quem está com fome carece de qualidades para o exercício da representação política.

A rainha do rock, debochada, irreverente e crítica, a quem todos admiramos, dessa vez pisou na bola. Feio.“Venenosa! Êh êh êh êh êh!/ Erva venenosa, êh êh êh êh êh!/ É pior do que cobra cascavel/ O seu veneno é cruel…/ Deus do céu!/ Como ela é maldosa!”.

Nenhum dos dois - nem Caetano, nem Rita - têm tutano para entender esse Brasil profundo que os silvas representam.

A senadora Marina da Silva tem mesmo cara de quem está com fome? Ou se trata de um preconceito da roqueira, que só vê desnutrição ali onde nós vemos uma beleza frágil e sofrida de Frida Kahlo, com seu cabelo amarrado em um coque, seus vestidos longos e seu inevitável xale? Talvez Rita Lee tenha razão em ver fome na cara de Marina, mas se trata de uma fome plural, cuja geografia precisa ser delineada. Se for fome, é fome de quê?

O mapa da fome

A primeira fome de Marina é, efetivamente, fome de comida, fome que roeu sua infância de menina seringueira, quando comeu a macaxeira que o capiroto ralou. Traz em seu rosto as marcas da pobreza, de uma fome crônica que nasceu com ela na colocação de Breu Velho, dentro do Seringal Bagaço, no Acre.

Órfã da mãe ainda menina, acordava de madrugada, andava quilômetros para cortar seringa, fazia roça, remava, carregava água, pescava e até caçava. Três de seus irmãos não aguentaram e acabaram aumentando o alto índice de mortalidade infantil.

Com seus 53 quilos atuais, a segunda fome de Marina é dos alimentos que, mesmo agora, com salário de senadora, não pode usufruir: carne vermelha, frutos do mar, lactose, condimentos e uma longa lista de uma rigorosa dieta prescrita pelos médicos, em razão de doenças contraídas quando cortava seringa no meio da floresta. Aos seis anos, ela teve o sangue contaminado por mercúrio. Contraiu cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose.

A fome de conhecimentos é a terceira fome de Marina. Não havia escolas no seringal. Ela adquiriu os saberes da floresta através da experiência e do mundo mágico da oralidade. Quando contraiu hepatite, aos 16 anos, foi para a cidade em busca de tratamento médico e aí mitigou o apetite por novos saberes nas aulas do Mobral e no curso de Educação Integrada, onde aprendeu a ler e escrever.

Fez os supletivos de 1º e 2º graus e depois o vestibular para o Curso de História da Universidade Federal do Acre, trabalhando como empregada doméstica, lavando roupa, cozinhando, faxinando.

Fome e sede de justiça: essa é sua quarta fome. Para saciá-la, militou nas Comunidades Eclesiais de Base, na associação de moradores de seu bairro, no movimento estudantil e sindical. Junto com Chico Mendes, fundou a CUT no Acre e depois ajudou a construir o PT.

Exerceu dois mandatos de vereadora em Rio Branco, quando devolveu o dinheiro das mordomias legais, mas escandalosas, forçando os demais vereadores a fazerem o mesmo. Elegeu-se deputada estadual e depois senadora, também por dois mandatos, defendendo os índios, os trabalhadores rurais e os povos da floresta.

Quem viveu da floresta, não quer que a floresta morra. A cidadania ambiental faz parte da sua quinta fome. Ministra do Meio Ambiente, ela criou o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo de Desenvolvimento para gerir as florestas e estimular o manejo florestal.

Combateu, através do Ibama, as atividades predatórias. Reduziu, em três anos, o desmatamento da Amazônia de 57%, com a apreensão de um milhão de metros cúbicos de madeira, prisão de mais 700 criminosos ambientais, desmonte de mais de 1,5 mil empresas ilegais e inibição de 37 mil propriedades de grilagem.

Tudo vira bosta

Esse é o retrato das fomes de Marina da Silva que - na voz de Rita Lee - a descredencia para o exercício da presidência da República porque, no frigir dos ovos, “o ovo frito, o caviar e o cozido/ a buchada e o cabrito/ o cinzento e o colorido/ a ditadura e o oprimido/ o prometido e não cumprido/ e o programa do partido: tudo vira bosta”.

Lendo a declaração da roqueira, é o caso de devolver-lhe a letra de outra música - ‘Se Manca’ - dizendo a ela: “Nem sou Lacan/ pra te botar no divã/ e ouvir sua merda/ Se manca, neném!/ Gente mala a gente trata com desdém/ Se manca, neném/ Não vem se achando bacana/ você é babaca”.

Rita Lee é babaca? Claro que não, mas certamente cometeu uma babaquice. Numa de suas músicas - ‘Você vem’ - ela faz autocrítica antecipada, confessando: “Não entendo de política/ Juro que o Brasil não é mais chanchada/ Você vem… e faz piada”. Como ela é mutante, esperamos que faça um gesto grandioso, um pedido de desculpas dirigido ao povo brasileiro, cantando: “Desculpe o auê/ Eu não queria magoar você”.

A mesma bala do preconceito disparada contra Marina atingiu também a ministra Dilma Rousseff, em quem Rita Lee também não vota porque, “ela tem cara de professora de matemática e mete medo”. Ah, Rita Lee conseguiu o milagre de tornar a ministra Dilma menos antipática! Não usaria essa imagem, se tivesse aprendido elevar uma fração a uma potência, em Manaus, com a professora Mercedes Ponce de Leão, tão fofinha, ou com a nega Nathércia Menezes, tão altaneira.

Deixa ver se eu entendi direito: Marina não serve porque tem cara de fome. Dilma, porque mete mais medo que um exército de logaritmos, catetos, hipotenusas, senos e co-senos. Serra, todos nós sabemos, tem cara de vampiro. Sobra quem?

Se for para votar em quem tem cara de quem comeu (e gostou), vamos ressuscitar, então, Paulo Salim Maluf ou Collor de Mello, que exalam saúde por todos os dentes. Ou o Sarney, untuoso, com sua cara de ratazana bigoduda. Por que não chamar o José Roberto Arruda, dono de um apetite voraz e de cuecões multi-bolsos? Como diriam os franceses, “il péte de santé”.

O banqueiro Daniel Dantas, bem escanhoado e já desalgemado, tem cara de quem se alimenta bem. Essa é a elite bem nutrida do Brasil…

Rita Lee não se enganou: Marina tem a cara de fome do Brasil, mas isso não é motivo para deixar de votar nela, porque essa é também a cara da resistência, da luta da inteligência contra a brutalidade, do milagre da sobrevivência, o que lhe dá autoridade e a credencia para o exercício de liderança em nosso país.

Marina Silva, a cara da fome? Esse é um argumento convincente para votar nela. Se eu tinha alguma dúvida, Rita Lee me convenceu definitivamente.

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