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Consumo De Banda Excessivo - Hostdime


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Vamos lá (já expliquei isso uma vez em algum outro lugar mas não lembro onde nem quando, e faz tempo):

1Mbps, se usado a 100% do tempo durante 30 dias (uma linha reta no gráfico, com um retângulo abaixo), transfere 324GB (valor absoluto) em um sentido (download ou upload).

1Mbps, se usado num padrão "montanha e vale" (senoidal), típico por exemplo de sites que têm mais acesso de dia que de noite (ou ao contrário), transfere 200GB, EM MÉDIA.

Na sua conta, como a HD considera 1Mbps = 300GB (vide contrato/Termos de Serviço), para eles você utilizou o equivalente a 15TB.

Todas as operadoras de telecom (os carriers/uplinks) cobram por Mbps, e não por GB transferido.

Na cobrança por Mbps, há três modelos:

a) Porta full (podendo utilizar tudo, e limitado à velocidade da porta/tecnologia, sem cobrança de excedentes) - é o famoso "unmetered"

B) Porta a x Mbps limitados (capada/capeada/com "tampa") - nessa, você só consegue chegar à velocidade capeada, não passa dela. Capped unmetered.

c) Porta a 90 ou 95% ("taxímetro") - nessa, você é permitido chegar ao máximo da porta. Mas você é cobrado pelo pico do seu uso, excluindo-se os 5% (10%) dos picos maiores. 5% de 1 mês (720/744h) = 36h, contínuas ou não. As medidas são feitas a cada x minutos (mercado = 5 minutos). Os 5% (432 medidas em 30 dias) de maiores medidas são descartados, e a maior medida subsequente (5%+1) é a utilizada para a cobrança.

O método do 95% foi acordado no mercado como sendo um meio-termo justo entre o consumo desconhecido do cliente e a necessidade do uplink de provisionar para os bursts (excessos) do uso médio. Assim, se você não precisa da porta full, paga um valor "justo" pela utilização. Afinal, a operadora tem de ter sempre a velocidade máxima disponível para te provisionar quando você quiser, e isto requer determinados investimentos em infra-estrutura que um uso médio pequeno (de 5-20% da porta) não justifica financeiramente, e nem mesmo a cobrança pela média. Até hoje, operadoras só fornecem links burstable de uma porta de determinado tamanho, se você comprar/garantir um uso mínimo de 10-20% da porta (a level3 fazia com 5% até uns 2 anos atrás).

Acontece que alguns datacenters por volta de 2000 inventaram de cobrar pelos dados transferidos ao invés de cobrar por Mbps, aproveitando-se do oversell e dos diferentes padrões de uso de seus clientes, e da grande quantidade destes (massificação). Assim ao invés de limitar a porta da pessoa a 3Mbps, ela poderia chegar a 10Mbps, mas com um limite de 1000GB (um equivalente), ou seja, se mantivesse 10Mbps direto em uso por 10 dias, teria torrado a alocação dada e pagaria os outros dias pelo taxímetro (ou se não utilizasse os outros 20 dias, não seria cobrado).

Existem 4 maneiras de medir a transferência por GB:

a) Vendo os interface data counters da porta de switch - mas este é sensível a ser zerado à porta ser desligada, cabo frouxo,, switch rebootado, etc.

B) Tirando a média das medidas individuais (as mesmas feitas na medida por Mbps, feitas a cada 5 minutos que é o padrão do mercado, ou a cada 1 minuto se especificado em contrato)

c) Vendo o average do gráfico de Mbps e fazendo a equivalência.

d) Vendo o 95% do gráfico em Mbps e fazendo a equivalência.

A opção D é a que parece que a HostDIme utiliza, conforme demonstrado no contrato. É estranho eles anunciarem em xGB/TB de transferencia mas cobrarem em Mbps 95% (apesar de ser o mais correto, porque é exatamente como eles pagam à operadora/fornecedores, e não vão querer levar prejuízo de milhares por causa de um cliente de um par de centenas de dólares), mas creio que seja mais pelo caso do marketing ter visto que as pessoas vêm perguntar por limites em TB ao invés de Mbps. O certo seria todo mundo cobrar em Mbps. É na sua utilização em 95% que todo e qualquer provedor/datacenter vai ficar de olho, pouco importa a transferência em TB.

De qualquer forma, no contrato da HD é claro, eles cobram pelos Mbps 95% (e ainda por cima IN+OUT, em geral é só OUT na maioria dos provedores) e não por média ou por GB.

Por exemplo, neste modelo, 100TB pode significar tanto 330 (1Mbps=330GB) quanto 500Mbps (1Mbps=200GB). Se nestes provedores que vendem 100TB você passar dos 300Mbps de média você já entra na lista "amarela", se você passar dos 300Mbps 95% ou dos 500Mbps contínuos você entra na lista "vermelha", se você passar dos 500Mbps 95% você entra na lista "negra". Não que existam tais listas ou classificações internas de datacenter, é mais para vc ter uma idéia de como o cliente pode ser classificado e qual o critério para convidá-lo a se retirar.

Sim, é confuso à primeira vista.

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Ok, não entendi muito bem mas acabamos desvirtuando um pouco o assunto por causa do gráfico que enviei.

A minha grande reclamação é, eu não ter usado isso, forneci para eles relatório de minha publicidade, que aumentaria ou diminuiria conforme o uso, e também forneci o relatório de minhas transferências ftp, para provar que realmente não houve alteração significativa para um aumento tão alto.

Me informaram que realmente pode ter sido um ataque, como já se passou eles não tem como verificar. Agora se eles não tem capacidade para verificar o que aconteceu eu que sou o cliente fico com o pepino e pronto?

Vamos fazer uma análise hipotetica, se vc tem seu celular clonado ou seu cartão de crédito, que seria um tipo de ataque, você que paga a dívida? Mesmo vc fornecendo os comprovantes de onde vc gastou e quanto gastou a dívida é sua? Acho que não ein, quem tem que provar que o cliente gastou é o banco ou a operadora.

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Sim, eles têm a prova. O gráfico é da banda saindo da sua porta. Não é da porta de outro. Não tem analogia com o celular clonado, a medição não é de outro lugar.

Um uso de tão poucos Mbps assim (pra padrões americanos) não é incomum, e nem aparenta ataque DDoS.

O servidor é fully managed, creio. Eles não teriam a obrigação de te avisar (porque está dentro de uma utilização normal), mas teriam a obrigação de agir se vc visse o gráfico de banda (que vc deveria acompanhar) e avisasse eles ainda no começo do problema).

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Bom, eu não concordo com a analogia que citou, pois é muito fácil responsabilizar o cliente, o cartão de crédito, caso haja um uso diferente do que vc usa todo mês, eles te ligam para checar se é voce mesmo que está gastando, pois mudou seu perfil de compra. O mesmo caso do celular, se começar a acontecer ligações demais, algo que eles identificarem ser muito acima do que vc faz com certeza irá ter uma analise.

Assim como vc é responsável pelo seu cartão de crédito ou por seu telefone também, você não fica checando sua conta para ver se alguem gastou além de seu próprio gasto, ou voce fica?

Acho que deveriam usar o bom senso e verificar os gráficos de todos os meses que tenho o servidor lá e ver realmente que somente durante duas ou três semanas do mês de junho o acesso passou ser 10X maior, não foi um pouco mais, foram 10X a mais, não tem lógica isso.

E não foi um uso de tão poucos mbps assim, se reparar os outros meses, utilizei em média 4mbps, então saltar para 51 e depois voltar para 4 não é uma situação normal.

A hostdime EUA tem uma política bem clara

"Overage Charges

Our service plans are designed to accommodate the majority of usage scenarios given the needs of our customers. However, your usage may vary and require additional allocations, specifically in the areas of storage and traffic. We will never charge your card automatically if your account requires more resources. You must keep your email address updated within your cPanel, so that you may receive an email when your account reaches certain limits determined solely by our system, ie. bandwidth exceedment warning at 80% at which time you may contact us to purchase a higher transfer quota for your account. If you do not contact us, the system will suspend your site if your allotments exceed."

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Três pontos importantes:

1. Em padrões EUA, 50Mbps é baixo uso, não faz cosquinha, isso não levanta nenhum alarme em nenhum monitoramento. Para padrão Brasil sim, eu diria que geraria alarme, pois o custo por Mbps aqui ainda é alto. Duas ou três semanas de um mês equivale ao mês inteiro, aliás, o consumo de mais de 36h equivale já ao mês inteiro, para fins de cobrança do modelo que eles usam.

2. Os termos de serviço que você citou no último post claramente referem-se especificamente à contas de hospedagem compartilhada ou revenda (menciona cPanel e suspensão de site, não falando nada sobre suspensão de servidor) e não se aplicam a servidores dedicados. A mecânica de dedicados é bem diferente, pois se você tem um dedicado, não está atrapalhando nenhum outro cliente deles (a menos que tome ou gere DDoS). Suspender um dedicado que não apresenta anomalia absurda nenhuma é igual a xingar um PM, é pedir pra morrer. Imagine, por exemplo, se você, que tem um dedicado justamente para aguentar porrada, resolve lançar uma campanha promocional na TV/Facebook/Twitter, e com isso seus acessos repentinamente aumentam? Ou se seu site é sazonal e tem mais visitas em um determinado mês, i.e., seu site é sobre comida de festa junina e só em junho as pessoas acessam para pegar receitas e ver videos de festas? Cortar o dedicado quando o consumo chega a um pico é ilógico, irracional e pode levar o provedor até a ser processado por lucro cessante. Dito isto, eles poderiam sim ter te avisado, mas como a cobrança é feita pelos 95%, o uso do resto do mês poderia ser zero e com isso seu 95% ir lá pra baixo para a medida abaixo dos 30Mbps de limite. Isso é uma medição realtime. Se você quer ter segurança de que não vai ser cobrado, tem de pedir pra banda ser capada no seu limite e aguentar as conseqüências quando o site estiver no pico.

3. Não sou nem represento o provedor em questão, nem estou aqui querendo defendê-los a troco de nada. Mas, uma coisa é certa: se você quiser disputar isso com eles na analogia incorreta da conta telefônica e do cartão de crédito; ou questionando o sistema e a veracidade das medições deles, vá tranqüilo, mas tenha a certeza de que no final do mês eles te convidarão a retirar-se da rede deles, sem pestanejar, e nunca mais te aceitarão como cliente. É uma prerrogativa de empresas americanas que lá é levado muito à sério. Eles não têm tempo a perder com estas picuinhas (e nem tempo pra explicar como funciona a roda), e muito menos para clientes que não geram nenhum lucro relevante ou que ainda por cima geram prejuízo percebido (neste caso de US$ 1400 que seria a cobrança baseada no valor por Mbps excedente caríssimo que eles têm, pois realmente o custo de banda deles não deve passar de US$ 3, ou seja, o prejuízo real deles seria de cerca de US$ 60).

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Tudo bem, entendi exatamente o que você respondeu, e não estou questionando isso, mas sim questionando o pagamento de uma coisa pelo qual não utilizei, se 50Mbps faz cosquinha ou não, para mim é indiferente, agora eu ser responsabilizado por um possível ataque ou outra não é correto, nem aqui, nem em lugar nenhum, se alguem invadir seu servidor instalar um servidor de spam, vc será responsabilizado por isso pois o servidor é seu? Ou melhor, vc tem uma arma legalizada, tudo correto, se alguem roubar e matar, vc é culpado porq a arma é sua? Acho que não né....

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Muito pelo contrário, é sim.

Faz parte do princípio de responsabilidade civil ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Responsabilidade_civil ) e que, no sistema jurídico anglo-saxão, é chamado de Tort ( http://en.wikipedia.org/wiki/Tort ). Não precisa ter culpa direta, basta ter sido negligente.

No caso que você acabou de apresentar, você pode ser julgado e condenado pela negligência na cautela da arma; ou nos EUA (no Brasil spam ainda não é crime) você pode sim ser processado e pagar milhares de dólares se seu servidor for utilizado para spam, com a sua conivência OU NÃO. Basta ser negligente.

No seu caso, do servidor gerenciado, você tem de ver exatamente o que está incluso no contrato do gerenciamento, e o que não está (o que seria responsabilidade 100% sua).

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