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Cgi.br Anuncia Última Etapa Da Campanha Para Diminuir Número De Spams Enviados Por Redes Brasileiras


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Ação de prestadoras de telecomunicações ocorre durante todo o quarto trimestre, até o final do ano

O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) apresenta a última etapa das medidas para a implementação da Gerência de Porta 25, nome dado ao conjunto de políticas e tecnologias para implantar um sistema de redução de spams originados em redes domésticas do país.

Para que essa medida seja cumprida, as prestadoras de serviços de telecomunicações passarão a gerenciar o envio de mensagens enviadas por redes residenciais pela porta 25.

Eduardo Levy, representante dos provedores de infraestrutura de telecomunicações no CGI.br e diretor executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), observa que combater o abuso de redes brasileiras para envio de spam melhora a capacidade das empresas brasileiras em prover acesso à Internet no Brasil. “Combater o spam enviado significa melhorar o serviço prestado dentro do País”, comenta.

Levy acredita que essas mudanças darão aos clientes maior confiança no serviço prestado pelas prestadoras de telecomunicações. “O acordo permitirá ainda uma melhora para o consumidor final, tanto no uso de recursos do computador, quanto nas condições de utilização da rede, beneficiando a sociedade como um todo”, ressalta.

Troque o número da porta do programa leitor de e-mails em casa de “25” para “587”

Somente usuários que utilizam programas leitores de e-mails (Outlook, Thunderbird, entre outros) em redes residenciais precisam fazer uma pequena alteração na configuração desse software: trocar a porta de envio de mensagens de “25” para “587”. Essa alteração é necessária para que o usuário continue a enviar e-mails normalmente.

Usuários que leem e enviam e-mails no sítio do seu provedor (via webmail) não precisam se preocupar, pois não precisam trocar nenhuma configuração.

Eduardo Parajo, diretor presidente do conselho consultivo superior da Associação Brasileira de Internet (Abranet), lembra que a maior parte dos provedores já fez a mudança da porta. “O trabalho que fizemos em 2011 foi desde o esclarecimento da importância da implantação das mudanças até fornecer orientações técnicas. Com isso, hoje temos cerca de 90% dos provedores já adaptados”, esclarece.

Os usuários que passarem por alguma dificuldade para realizar essa troca devem procurar seu provedor de e-mails para solucionar dúvidas.

Qual é a diferença entre as portas?

Historicamente, tanto a troca de mensagens entre servidores de e-mail quanto a submissão de e-mails de clientes para o seu provedor sempre foram feitas pela porta 25. Essa característica é abusada por spammers, que usam computadores de todo o mundo se fazendo passar por servidores de e-mail.

Com a troca da configuração do programa cliente de e-mails para a porta 587, as redes que fornecem acesso residencial podem impedir conexões com destino à porta 25, cessando o abuso sem afetar o consumidor. Já a troca de mensagens entre servidores continua ocorrendo na porta 25.

Histórico da campanha

O Brasil tem sido historicamente classificado como um dos países com o maior número de máquinas sendo abusadas ou infectadas por códigos maliciosos que enviam spams. Atualmente, o País ocupa a quarta posição entre os países com mais endereços IP listados em listas despams, atrás apenas de Índia, Vietnã e China. “O Brasil não é um grande emissor de spams, mas tem sido abusado para entregar mensagens que têm origem e destino no exterior”, explica Henrique Faulhaber, conselheiro do CGI.br representante da indústria de bens de informática, de bens de telecomunicações e de software e coordenador do Projeto da Gerência de Porta 25.

Desde 2005, o CGI.br promove reuniões com provedores, prestadoras de serviços de telecomunicações e diversas outras entidades do setor para combater o spam. Alguns dos resultados dessas reuniões são apresentados no sítio Antispam.br, com vídeos educativos e informações técnicas para administradores de redes, entre outras informações.

“Nos últimos anos, vários países adotaram medidas de gerência para o tráfego de mensagens por essa porta, e o Brasil está seguindo a tendência mundial”, completa Henrique.

Em novembro de 2011, Anatel, CGI.br, SindiTelebrasil e Associações de Provedores de Acesso e Serviços Internet, apoiados pelo Ministério Público e órgãos de Defesa do Consumidor, assinaram um Acordo de Cooperação para a implementação da Gerência de Porta 25. Na ocasião, um prazo de doze meses foi estabelecido para o pleno cumprimento do acordo.

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