LucianoZ Postado Janeiro 22, 2014 Compartilhar Postado Janeiro 22, 2014 A história da Internet no Brasil é recente, começa em 1991 com a RNP (Rede Nacional de Pesquisa), uma operação acadêmica subordinada ao MCT (Ministério de Ciência e Tecnologia). Neste mesmo ano é criada a conexão entre Rio de Janeiro e São Paulo, através da FAPESP, que passa a trafegar TCP/IP e fica responsável pelos registro de domínios .br e pelas delegações de IPs no Brasil. Somente em 1995 é que foi possível, pela iniciativa do Ministério das Telecomunicações e Ministério da Ciência e Tecnologia, a abertura ao setor privado da Internet para exploração comercial da população brasileira. A popularização do termo hospedagem de sites começa em 1996, com as primeiras empresas que começaram a prover profissionalmente a hospedagem de sites no Brasil, tal como Inova, Mr.Help e Digiweb, que na época vendiam planos de 30 Mb por R$ 29,90 mensais em servidores nos Estados Unidos. Apenas fazendo uma rápida comparação, hoje, na KingHost, um plano com 500 Mb de espaço custa R$ 9,90 mensais, com qualidade de acesso e recursos oferecidos superior à oferecida na época, e servidores no Brasil. Já no começo de 1997, com a popularização da Internet, alguns provedores de acesso começam a hospedar páginas de empresas cobrando preços que começam em R$ 100,00 e chegam a R$ 200,00 mensais para 5 Mb de espaço e 1 ou 2 contas de e-mail, sendo que nesta época náo se fala em tráfego de dados, os links dos provedores são em sua maioria de 64 Kbps e nos maiores provedores, 512 Kbps. Todos geridos por operadoras tradicionais de telefonia, em “LP” ou seja, o famoso fio de cobre. Em 1998 começa a operação da Locaweb, no estilo “garagem”, com duas pessoas e um servidor alugado nos Estados Unidos. E eu pessoalmente entro no mercado com um concorrente chamado WeBrasil, com servidores nos Estados Unidos também. O dólar nesta época é de USD 1,00 por R$ 1,00. A WeBrasil cresce vendendohospedagem de sites e alugando servidores de ircd e eggdrops (robôs para IRC). A internet se populariza. Por questões pessoais, saio do mercado no início de 1999 e retorno no final de 2000, permanecendo até hoje. Em 2000 o cenário já muda muito se comparado com o ano de 1999, uma vez que já existem mais concorrentes, o mercado se expandiu, e existem mais clientes potenciais no mercado. Nos anos seguintes, os famosos Cpanel e Plesk se popularizaram e, a partir da divulgação em reportagens e entrevistas de nível nacional sobre como ganhar dinheiro na Internet, a quantidade de novas empresas de hospedagem se multiplica, movimento que persiste até hoje. Digo movimento pois 90% delas são criadas em diversos ambientes, seja como revenda, ou com servidores dedicados, colocation, mas, por falta de planejamento e gestão, após alguns meses grande parte delas deixa de existir, deixando clientes e usuários a ver navios, e o que é pior: sem acesso às suas páginas e bancos de dados. Em 2002, é criada em Porto Alegre a Cyberweb Networks, sucessão da HostNet, empresa de hospedagem que co-fundei em 2000 e que passa a ser gerida pela Digirati. Em 2003 é criado o CGI.br, Comitê Gestor da Internet no Brasil, criado pelo Decreto Nº 4.829 de 3 de setembro de 2003, tem como atribuição coordenar e integrar todas as iniciativas de serviços Internet no Brasil. Em Dezembro de 2005, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br é uma associação civil sem fins lucrativos, cuja assembléia geral é sempre idêntica à composição do CGI.br) assume a gestão dos registros de domínios e delegações de IPs no Brasil, ou seja, a partir desta data, a FAPESP não é mais responsável pelosregistros de dominios, incluindo a cobrança das anuidades de registros. O mercado hoje caminha para a especialização dos serviços, com cada vez mais empresas colocando aplicações e bancos de dados na Internet, possibilitando o acesso remoto e integração entre filiais mais fácil e rapidamente. Com isso, uma constante profissionalização se faz necessária. Qualifico o mercado de 1998 como amador perto do cenário que temos hoje, onte encontramos clientes cada vez mais exigentes, aplicações mais complexas e o uso do provedor de hospedagem de sites cada vez mais como base de plataforma de dados para sistemas que rodam localmente nas empresas, mas utilizam o provedor como integrador. Isso leva à um constante investimento em infra-estrutura, investimento em segurança de dados, investimento em segurança física e mais pesquisa em cima de tecnologias existentes (ou não existentes) para integrarmos todos os sistemas e possibilitarmos uma ambiente seguro e que atenda cada vez a mais clientes, dentro das mais variadas necessidades. Fonte: Brasil Web Host BLOG Chamou? Estamos ai! Link para o comentário
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