A tendência nacional do Cloud Computing e SaaS

[AngelCosta]

Muito se fala ultimamente sobre cloud computing, ou SaaS, porém hoje desmistificaremos o que está acontecendo com o mercado de webhosting nacional e também comparar o que ocorre aqui ante aos outros países mais desenvolvidos.

 

Entenderemos o Cloud Computing como: computação em nuvem; e o SaaS (do inglês Software as a Service) sendo: software como serviço.

 

O que é cloud computing?

Analisando de um modo mais leigo, a computação em nuvem trabalha na ociosidade das máquinas. Imaginemos 10 servidores com 2GHz de processamento, 2GBRam de memória e 1 HD de 250GB cada. No cloud, repito, “leigamente” falando, teremos um servidor de enormes proporções, como: 20GHz de processamento, 20GBRam e 2.5TB de espaço em disco. O que acontece?

 

Com softwares como VMWare/V-Sphere, por exemplo, esse “super servidor” é particionado em frações e comercializado como tal. Obviamente, se não trabalhar com 100% da sua capacidade, ainda poderá ter uma escala de segurança, onde se alguma das máquinas apresentar problemas, poderá ser substituída facilmente por outra com apenas a mudança do cabo de rede (e uma configuração específica, é fato).

O que é SaaS (Software como serviço)?

Indo direto ao ponto: Sua empresa fornece alguma ferramenta para o disparo de e-mail marketing? Você com certeza tem um webmail funcionando, não? Fornece algum sistema de loja virtual contratado mensalmente? Você já sabe o que é SaaS então. Nada mais é do que o fato de você fornecer um software como serviço contratado.

 

A única coisa que fizeram foi denominar o que já existia. A vantagem de hoje fica pelas lojas de aplicativos que serão lançadas em breve (falaremos mais adiante).

O Cloud Computing e o SaaS internacional

“Vamos iniciar pelo início”. O “Cloud Computing” nada mais é que o fato de que aplicações, documentos e arquivos fiquem armazenados remotamente em um datacenter e espelhado em outros, e que você pode acessar de qualquer lugar a qualquer hora.

 

Essa é a essência do cloud computing. Corporativamente falando, podemos aliar a praticidade de acessar arquivos importantes em reuniões “na casa do cliente”, como também ministrar palestras e apresentações através de um computador público, afinal o Google Docs (um SaaS) nos proporciona isso. A Microsoft entrou neste mercado oferecendo as versões virtuais de seus componentes da família Office.

 

Outro ponto interessante é a escalabilidade. Você pode contratar quanto, como e quando quiser. Se você vai lançar um hotsite, não é obrigado(a) a assinar um contrato anual com um datacenter, apenas vai até o site do fornecedor, seleciona o quanto de processamento, memória, espaço em disco e largura de banda vai utilizar e vualá. Ainda há empresas que oferecem largura de banda ilimitada, sendo cobrada apenas pela sua utilização.

 

Fará a implantação de um novo software de BI (Business Inteligence) na sua empresa e precisa deixar uma aplicação “background” em atividade por alguns dias? Não tem problema. Deixe de comprar um novo servidor, inutilizar um servidor já existente ou até mesmo recorrer aos caros contratos fidelizatórios dos IDCs, apenas assine um Cloud Server pelo tempo que você precisar e seu problema terá sido sanado.

Os “tupiniquins”: o NOSSO Cloud

Brasileiro adora copiar denominações norte-americanas, mas neste caso (não por menos), grande parte da tecnologia também serviu de espelhamento. A diferença é que no nosso caso o Cloud funciona como uma espécie de “VPS Clusterizado”, ou seja, em algumas empresas realmente há a redundância existente nas “nuvens”, entretanto não há a possibilidade de contratar o serviço apenas por capacidade de utilização (pós-pago), apenas no pré-pagamento do mesmo e a limitação por aquilo contratado.

 

Quando você contrata um serviço “sem limites” e é cobrado pelo que foi utilizado, uma capacidade muito maior de expansão é dada e por outro lado, quando você pré-paga um serviço, está limitado àquela taxa contratada e nada mais, fica preso(a).

Os “tupiniquins”: o NOSSO SaaS

Já no SaaS, além dos padrões informados anteriormente (e-mail marketing, loja, webmail), o UOL Host tem despontado pioneiramente no fornecimento específico deste tipo de serviço no país. Em entrevista recente, tanto Renato Weiner (diretor de produtos e desenvolvimento) quanto Vinicius Pessin (diretor geral) afirmaram que logo teremos novidades sobre a “loja de aplicativos”. O ponto importante fica por conta da possível parceria com empresas (e “freelancers” talvez) desenvolvedores de aplicações web para a revenda exclusiva de seus serviços.

 

Minha opinião: isso vai dar MUITO CERTO. Se é para copiar alguma, comece a copiá-los agora, pois depois será tarde. A tendência é que o SaaS cresça de forma esmagadora no país. As empresas têm se afastado cada vez mais de softwares proprietários por conta do custeio de seus profissionais, afinal apenas um alto salário não é obstante para a manutenção do funcionário na empresa e realmente se ele ir embora sem treinar um sucessor, a corporação passará por sérios problemas (como a Locaweb em seus serviços de e-mails, por exemplo... Não vem ao caso agora).

 

Entenda software proprietário como aquele que é feito sob medida para a empresa e, portanto, requer profissionais treinados nele especificamente para seu manuseio.

Considerações finais

Peço desculpas pela extensa postagem, porém tenho o intuito de deixá-la bem clara para você. Qualquer DÚVIDA, CRÍTICA ou SUGESTÃO pode ser feita na simples postagem de uma resposta à esta matéria. Lembro-te que se preferir também poderá falar comigo pelo e-mail Carlos [at] zamorablog.com.

 

Sinta-se a vontade de postar a sua opinião, eu realmente leio e respondo todos os e-mails e comentários.

 

Lembre-se: O oprimido passivo fica nesta condição por desejo e não por limitação da liberdade, ou seja, se tiver vontade de falar (postar), fale (poste)! Pelo menos aqui no Zamora Blog você pode :-)

 

Um abraço.

[Visitante]

Grande Zamora !!! Tenho que ser sincero, to tomando gosto pelo Blog a cada dia viu, muito bom mesmo, parabéns! Bom vamos lá, sei que o que foi mencionado como CLOUD seria um serviço mais profissional, voltado as empresas, mas gostaria de mencionar aqui, não sei se voce ja conhece, com certeza sim, um serviço de CLOUD para meros usuários que utilizam os NETBOOKES ou ate mesmo para aqueles que gostam de ter um local para dispor seu arquivos sem ter que leva-los em um pendrive, o que de certa forma viriam a facilitar a vida de muitos usuários. Este serviço é GRATUÍTO podendo optar pelo modo pago também com mais vantagens, já se encontra em português e é bem interessante, o serviço chama-se ICloud o link é: http://icloud.com/pt/ espero que voces apreciem minha postagem. Como mencionado acima, este é um serviço gratuíto fugindo um pouco do nível profissional, mas é bom para quem pretende conhecer um pouco sobre os CLOUDs com suas funcionalidades e limitações. Abraços e parabéns pela matéria mais uma vez.

[Visitante]

Olá Laerte, novamente é um prazer tê-lo conosco no Blog! A tecnologia do iCloud é vista no Cloud Computing internacional, onde a tendência é que não haja mais o HD nos computadores (o que irá barateá-los, diminuir o consumo de energia, dentro outras vantagens). Antigamente tínhamos sistemas semelhantes, mas não com a mesma abrangência do iCloud. Sites como o 4shared.com, por exemplo, eram um bom exemplo do que eu julgo dizer "cloud v0.1". Você hospedava seus arquivos remotamente, como imagens, músicas, o que fosse... E os executava de sua máquina, fazendo uma espécie de streaming do servidor. É bem interessante mesmo! A idéia do iCloud é mais evolutiva, tomando como base que você possui uma área de trabalho remota (totalmente funcional e atrativa). Realmente me impressionou! Obrigado pela visita, comentário e pela indicação. Um grande abraço.